Marcelo falou, finalmente. E disse quase tudo bem e apropriado. Faltou-lhe, contudo, passar a ideia de que também ele aprendeu a lição, principalmente porque anda há anos a pronunciar-se sobre tudo e um par de botas e, frequentemente, sem qualquer propósito admissível e útil ao interesse nacional de que supostamente é guardião, antes funcionando como um desestabilizador objetivo dos outros órgãos de soberania (Governo, em especial) e da sociedade em geral.
Aqui chegados, abre-se agora um breve período de nojo, no quadro do qual previsivelmente prosseguirão a vir ao de cima (na CPI e talvez não só) as razões (tanto os casos como os casinhos) que têm conduzido a governação de Costa ao pântano que já ninguém contesta ser dominante. Pessoalmente, e como acabo sempre por me deixar escorregar para crenças sem rede, cá fico na expectativa de que disso resulte, num quadro subordinado à iniciativa exclusiva do primeiro-ministro e ao seu tempo e modo, a tal remodelação profunda (de modelo e de nomes) que tantos almejam.
Sendo que, como quer que seja, a situação política deste País não configura nada de bom no horizonte ― e não se trata de estarmos perante um país que não é para velhos, como afirmava em título aquele filme dos irmãos Coen que adaptou um romance de Corman McCarthy, porque o pior de tudo é mesmo que o dito país é também, cada vez menos, para novos. Ou para cidadãos normais. Uma desgraça!
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