Como parecia relativamente adquirido, as eleições gregas de Domingo pouco trouxeram de novo no tocante à estabilização política que vai acontecendo no país sob a liderança de Mitostakis e da Nova Democracia. No entanto, algo de surpreendente sucedeu à esquerda, quer com a derrocada do Syriza de Tsipras (que passou a valer metade do maior partido nacional, assim sendo rompida a bipolarização que dominava e alguns admitiam sobreviveria) quer com o fim político de Varoufakis (que não logrou sequer eleger um deputado). Entretanto, e como era igualmente previsível, Mitsotakis joga a cartada que se esperava ao apostar tudo numa segunda volta das eleições que lhe possa permitir voltar a alcançar uma fácil maioria absoluta e, assim, a confirmação de uma Grécia em manifesta normalização democrática. Curiosamente, há também a registar a previsão de alguns analistas segundo a qual os socialistas do PASOK ― partido que foi o verdadeiro sacrificado (ainda que tendo algumas culpas no cartório, foi manifestamente desproporcionado o castigo/vassourada então infligido pelo eleitorado) daqueles anos loucos de crise financeira posteriores a 2010 ― poderão vir a beneficiar, já na referida segunda volta, da desorientação que grassa à sua esquerda. Um dia destes aqui completarei esta análise com alguns insights relevantes sobre os promissores caminhos económico-sociais da Grécia de Mitsotakis.
sexta-feira, 26 de maio de 2023
NA MORTE POLÍTICA DE DOIS EX-CAMARADAS
(Ilias Makris, https://www.ekathimerini.com)
(Elaboração própria a partir dos resultados oficiais)
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