Uma peça do “Financial Times” que é grandemente clarificadora sobre a situação da questão da habitação nos dois países vizinhos da Península Ibérica. Senão veja-se: imediatamente abaixo um gráfico arrepiante ao ilustrar a evolução brutal de um indicador que relaciona preços e rendimentos ao longo da última década, com o comportamento português a distinguir-se marcadamente pela negativa; logo de seguida, a evidência do passivo associado ao forte défice de habitação pública registado em Portugal e Espanha (apenas entre 1 e 3% do total, segundo as estimativas consultadas); por fim, uma indicação de um tópico estruturalmente desviante no tocante à situação comparada dos países ibéricos, onde o número de pessoas a viverem em casa própria surge largamente distanciado em relação à média europeia e à generalidade dos restantes países da Europa Ocidental (Alemanha e França em particular). Apenas sinais bem reveladores de um dossiê que foi tão ideologicamente bramido pelos governos democráticos posteriores a 1974/75 quanto largamente descuidado e deixado ao abandono ou à exploração demagógica das suas principais essências.
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