segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

ANO DE PORTUGAL

 

Durante o fim de semana, deixei passar em claro um ponto que reputo de importante aqui deixar registado: refiro-me à abertura oficial do “Ano de Portugal” na Casa da Música (como se sabe, há sempre um tema principal de referência em cada ano de programação da Casa, quase sempre um país-tema), uma escolha totalmente justificada pelo momento muito especial que o País viverá e consagrará (a passagem de 50 anos sobre o 25 de abril de 1974). Como bem disse o diretor artístico António Jorge Pacheco, o concerto de Sexta-Feira, dirigido pelo maestro titular Stefan Blunier, deu o mote relativamente àquilo que teremos na Casa ao longo do ano, entre peças de compositores portugueses (no caso, Joly Braga Santos e Luís de Freitas Branco), prestações de intérpretes nacionais (no caso, o jovem e magnífico pianista Pedro Emanuel Pereira) e obras de autores internacionais com ligação a Portugal (no caso, a “Abertura para uma grande ópera” de Frank Schreker). A programação é muito rica e, ao contrário do que afirmam algumas aves lamurientas e maledicentes, bastante diversa sob os mais variados pontos de vista (géneros musicais, nacionalidades, faixas etárias, etc.), ilustrando à saciedade quanto o projeto em presença corresponde bem à ideia fundadora de uma “Casa de todas as músicas”. Sem pretender apontar muito mais nem discriminar em relação à imensa qualidade de muitos dos que passarão pela Sala Suggia, sublinharia ainda que Maria João Pires por lá atuará já em fevereiro.

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