domingo, 7 de janeiro de 2024

QUE 2024 NOS SURPREENDA!

A única coisa que varia na generalizada chamada atenção para o ano eleitoral recorde em que estamos é o número de pessoas envolvidas (em torno de 52% da população mundial) ou de países abrangidos por tais processos (algures entre mais de 60 e cerca de 80, com o “Libération” a indicar a quantia exata de 77). Os mapas reproduzidos neste post, constituindo apenas dois dos muitos que circulam pela comunicação social do mundo inteiro, são disso bem ilustrativos. Sendo certo que cada caso tem a sua importância local, às vezes até determinante ou picante de diversos pontos de vista específicos (atente-se no nosso próprio caso nacional), esse espetro eleitoral apresenta algumas situações mais estratégicas em termos geopolíticos globais – sublinhem-se Taiwan já no termo do corrente mês (com a China completamente fora do jogo democrático em presença), a Índia na Primavera (com a “maior democracia do mundo” algo tolhida pelos métodos castradores do incumbente Modi), a União Europeia em junho (com o peso da extrema-direita a poder vir a tornar-se decisivamente ameaçador das ambições do projeto comunitário) e os EUA em novembro (com uma previsível disputa mais do que grisalha, assim evidenciando uma desesperante incapacidade de renovação democrática no país mais marcante do mundo, e o risco tremendo de que uma vitória “trumpista” possa revolucionar as bases mínimas da estabilidade de que ainda goza a ordem internacional em que vivemos, tudo transformando o octogenário e algo debilitado Biden numa referência de esperança última para o mundo). Onde e como estaremos em finais deste 2024 é a pergunta que se nos coloca, na expectativa de que o cômputo geral de todos estes processos seja de molde a não nos conduzir ao desabafo apontado pelo cartunista mais abaixo.


 


(a partir de José Manuel Esteban, http://www.larazon.es)

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