(pormenor de um vaso beócio exposto no Museu do Louvre
e representando Cila, 450-425 a.C.)
Um analista político sénior da “ECR Research” (Andy Langenkamp, AL) foi buscar à mitologia grega inspiração para refinadamente caraterizar a atual situação da Europa como sendo a de uma crise de seis cabeças (uma alusão clara à bela ninfa Cila que se transformou em monstro marinho). São essas a crise dos refugiados, o crescimento do populismo político, a incerteza quanto à permanência britânica ou não na União Europeia (to Brexit or not to Brexit), a crise do Euro, a ameaça da Rússia e a verosimilhança do terrorismo como “novo normal”. AL sublinha ainda, e sobretudo, o facto verdadeiramente relevante de tais crises se tenderem a reforçar mutuamente, assim contribuindo para alimentar uma continuada e imparável instabilidade (troubled Europe). Ao que o nosso velho conhecido Wolfgang Münchau, na linha que lhe é muito própria mas cada vez mais partilhada, veio de imediato acrescentar que, sendo impossível prever a trajetória de qualquer dessas crises, é previsível a sua confluência e, em tal quadro, a probabilidade de que algo corra mal é bastante elevada...
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