terça-feira, 26 de abril de 2016

AUSTRIA FIRST?


Conduzindo uma campanha centrada no combate à imigração e na rejeição da Europa, Norbert Hofer (candidato do “Partido da Liberdade”, FPÖ, um dos principais afiliados da extrema-direita europeia) venceu a primeira volta das eleições presidenciais austríacas (36,4% dos votos).


Mas mais ainda: o segundo colocado nesta escolha para a sucessão do velho e popular social-democrata Heinz Fischer (obtivera 78,9% dos votos em 2010 contra 15,6% da neonazi Barbara Rosenkranz), e que com Hofer disputará a segunda volta em maio, foi um ex-líder dos Verdes (Alexander Van der Bellen) através de uma candidatura independente que lhe granjeou 20,4% dos sufrágios; ou seja, os grandes partidos tradicionais não estarão representados na disputa decisiva, tendo-se os social-democratas e os conservadores (no poder em “grande coligação”) ficado pelos quarto e quinto lugar (com 11,3% e 11,1%, respetivamente, o que equivale à confiança expressa de menos de um em cada quatro eleitores).

(Oliver Schopf, http://derstandard.at)

Acresce, por fim, que estes resultados ocorrem apesar da oportunista mudança de posição do chanceler Werner Faymann quanto à questão dos refugiados, ele que inicialmente apoiara a política de abertura de Merkel, e prenunciam mais uma possível chegada ao poder da extrema-direita (via Hans-Christian Strache, líder do FPÖ) em eleições legislativas (estas a realizar em 2018) de um país europeu. Tantas vezes vai o cântaro à fonte...

(Christiane Pfohlmann, http://de.toonpool.com)

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