(Vladimir Kazanevsky, http://www.cartoonmovement.com)
Como se já se tornara previsível (que não compreensível), os holandeses rejeitaram em referendo uma mais estreita associação da União Europeia com a Ucrânia. Mas, mais do que propriamente isso, o que de essencial resultou da consulta popular de ontem foi a generalizada evidência de um grande alheamento em relação aos destinos da Europa (mais de 8,7 milhões de cidadãos, i.e., mais de dois terços do universo possível, não compareceram à chamada) e/ou de um forte sentimento eurocético na Holanda (mais de 2,5 milhões de cidadãos, i.e., quase 62% dos votantes, optaram pelo “não”) – estamos perante a repulsa de uma União Europeia crescentemente intrometida e unaccountable, escreveu o “The Economist”. Por uma coincidência do diabo, este é o país que preside atualmente ao Conselho, sendo manifesto quanto o primeiro-ministro Mark Rutte não esconde o seu embaraço (tanto mais que a afluência, apesar de muito baixa, ultrapassou a fasquia dos 30%). Estamos indiscutivelmente em face de mais um pauzinho a ajudar ao entupimento da engrenagem europeia...
(Hajo de Reijger, https://www.nrc.nl)
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