Reporto-me a um despretensioso artigo de um jornal americano sobre nós e a nossa circunstância. Contendo indicações úteis e ajustadas e outras que nem tanto assim ou, mesmo, antes pelo contrário. Das dez, seleciono quatro – apenas para acentuar algumas das caraterísticas, reais ou percebidas, que ainda nos vão marcando de modo incontroverso: que por cá ainda existe muita gente que não fala outras línguas (“é preciso aprender um pouco mais do que ‘obrigado/a’”); que por cá o melhor é estar preparado para esperar (“tempo não é dinheiro”, entre ritmo mais lento, longos almoços e excessiva burocracia); que por cá o tom e os decibéis com que se fala tendem a parecer agressivos (“as conversas normais parecem brigas”); que por cá as famílias são numerosas e abrangentes e ocupam a primeira linha das prioridades (“a família, todas as dez, vem sempre primeiro”). Defeitos do ponto de vista competitivo que também não deixam de conter os seus lados virtuosos em termos de algum bem-estar quotidiano...
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