Daqui quero saudar a indicação de João Nuno Mendes (JNM) para a presidência do Grupo Águas de Portugal. Do bastante que eu penso ir conhecendo na matéria, JNM é talvez o melhor exemplar de uma nova geração de poucos quadros socialistas com conhecimento e sensibilidade empresarial. Cruzei-me com ele pela primeira vez quando desempenhava funções de assessoria económica ao primeiro-ministro António Guterres (vindo de uma licenciatura em Gestão e de uma experiência em auditoria), tendo depois passado a ser o secretário de Estado do Planeamento que ao lado de Elisa Ferreira teve a responsabilidade de negociar e implementar o 3º Quadro Comunitário de Apoio (1999/2002) – e quero sublinhar que, apesar dos seus 26 anos de então, JNM impressionava fortemente pelas suas qualidades de trabalho, personalidade e solidez técnica, tendo deixado uma imagem e marcas de equilíbrio e rigor que nunca mais tiveram paralelo na área em causa. Ao longo da última quase década e meia, JNM esteve primeiro no Grupo Amorim (Imobiliária e Turismo) como CFO e, desde 2007, no Grupo Galp Energia (onde foi, designadamente, diretor de Inovação, Desenvolvimento de Negócios e Sustentabilidade), tendo mantido uma razoável distância em relação à atividade política que só abandonou com a chegada de António Costa à liderança do PS (tendo entretanto colaborado na preparação do programa económico e sendo uma das personalidades centrais da unidade de missão para a capitalização das empresas). Agora com 43 anos, JNM vai merecidamente liderar um projeto nacionalmente estratégico e extremamente desafiante – só posso cumprimentá-lo por isso e desejar-lhe o melhor, na certeza que é a minha de que estaremos a navegar em boas águas...
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