A divulgação pelo “Office for National Statistics” (https://www.ons.gov.uk) do valor do défice da balança de transações correntes do Reino Unido – 32,7 mil milhões de libras no último trimestre de 2015, um montante equivalente ao maior défice em percentagem do PIB (7%) desde o início do respetivo registo em 1955, conduzindo a um saldo negativo de mais de 96 mil milhões em termos anuais (-5,2% do PIB) – merece indiscutivelmente saliência. Sobretudo porque um tal valor demonstra a total falência da gestão macroeconómica de Cameron e Osborne e, com ela, da ortodoxia em que acreditam e em que fizeram assentar as suas principais escolhas políticas. Bem a propósito, e algo jocosamente, Martin Sandbu veio dar um sentido mais preciso a uma interessante referência do governador do BoE (“The global general environment has become much more febrile, much more volatile, and relying on the kindness of strangers is not optimal in that kind of environment”) ao sublinhar que os britânicos estão coletivamente a viver cada vez mais acima das suas possibilidades – onde é que eu já ouvi isto?
(Gary Barker, www.theguardian.com)
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