Uma saudação mais do que justa à decisão francesa de sepultar no Panteão de Paris, pela primeira vez, uma pessoa negra e, pela sexta vez, uma mulher.
Trata-se de Josephine Baker, nascida americana no início do século XX (Freda Josephine McDonald, de seu nome original) e naturalizada francesa em 1937, uma personagem fascinante que foi precursora enquanto estrela negra de sucesso nas artes cénicas (canção, dança e representação, largamente em sede de teatro de revista), figura eminente dos folles années 20, ativista empenhada da Resistência antinazi e da luta antirracista e pelos direitos civis e falecida em 1975.
A França e os franceses têm os seus irritantes defeitos e manias, mas às vezes também acertam na mouche de modo a merecerem o nosso melhor apreço.
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