Em bom rigor, Boris Johnson é polémico, inconstante e irresponsável desde que assumiu lugares na cena pública britânica (e europeia e internacional, acrescente-se). Já não são poucas as vezes em que o procuramos demonstrar neste blogue, razão pela qual me escuso de recordar episódios e tomadas de posição nada gratificantes em que foi triste protagonista. Mas BoJo parece agora ― mais precisamente, desde a sua desastrosa rentrée política pós-Verão ― em perda próxima de definitiva ou dificilmente recuperável, quer pelos baixíssimos índices de popularidade que evidencia, quer pela agitação/contestação de que é alvo no seio de um conjunto bastante significativo de deputados do seu próprio partido, quer pelos escândalos agora revelados e pouco abonatórios da sua “decência” aquando do primeiro confinamento. Sem esquecer os potenciais impactos internos da sua gestão oportunista, errática e provocatória do dossiê Brexit, no qual não hesita em se desdizer e desonrar a palavra dada em nome de um país civilizado e respeitado no concerto internacional das nações; recordem-se, por mais recentes, os incidentes com a França a propósito do tema das Pescas ou com a União a pretexto de uma alegada defesa contra invasões de migrantes. Mas, e no meio de toda esta bagunça que ele vai suscitando e ampliando (gestão pandémica incluída), BoJo ainda foi arranjando tempo para aumentar para sete elementos a sua prole...
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