Um momento absolutamente inconcebível de uma estrutura intolerante e autoritária, como é a UEFA, que ontem se viu vergonhosamente defrontada com uma situação de todo indesculpável (designadamente, mas não só, pelo frustrar de expectativas que provocou nos dezasseis clubes em prova). Acontecesse um incidente destes cá na “Terrinha” e não faltariam as denúncias dos arautos da crítica e da desgraça, acompanhadas daquele sempre reiterado “só neste País!”.
O caso concreto dos representantes portugueses foi ilustrativo dessa frustração, principalmente no tocante ao Sporting (que se viu obrigado a trocar um relativamente gerível Juventus por um predador como o Manchester City), visto que o Benfica saiu teoricamente favorecido (ao ver-se autorizado a dispensar um confronto perdedor com um Real Madrid em forma e em ascenção ― só a bazófia algo senil de Jorge Jesus já declarava o contrário ― e levado a assumir uma disputa potencialmente menos desigual com o Ajax de Amesterdão, ainda assim um osso duro de roer). Sendo que o futuro a Deus pertence, ademais quando se reconhece que quase tudo é convertível em sonho antes do desenrolar de um jogo em que a bola que é redonda...
Sem comentários:
Enviar um comentário