Hoje é o prolongamento de ontem, sobretudo para aquelas famílias tocadas por um menor grau de convencionalidade. No caso da minha, ademais, com uma mãe a completar 90 anos de vida e a ter de ver comemorada a data com os comparecimentos possíveis de filhos, netos e bisnetos.
Mas tal acontece, lamentavelmente, com a omnipresença incontornável desse papão viral que nos persegue e inferniza o quotidiano há quase dois anos ― uma desgraça que se abateu de modo implacável sobre a humanidade e que tolhe invariavelmente os movimentos e as perspetivas de todos, embora necessariamente mais os de uns dos que os de outros (entre jovens e idosos, pobres e ricos, habitantes de uns lugares menos favorecidos e de lugares mais favorecidos, etc.).
Também não é dia para desencontros e hostilidades, como poderia por cá ser o caso de muitas matérias; com a aprovação do plano de reestruturação da TAP pela Comissão Europeia a impor-se como um tema central da nossa atualidade político-económica. Costa e Pedro Nuno rejubilaram e desempenharam bem o seu papel político, mas o facto é que se trata de um assunto bem mais complexo do que o nos quiseram fazer crer, por estar cheio de alçapões e contradições que inquestionavelmente se tornará abordagem central na campanha eleitoral que se aproxima e que importaria fossem esclarecidos o quanto antes em nome da tranquilidade dos cidadãos perante a berraria inconsequente que se adivinha. Mas, como digo, esta não é matéria para tratarmos hoje, voltemos à Família e às boas coisas que tenhamos disponíveis.
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