Apesar da preparação mental para a noite futebolística de ontem aqui anunciada pelo meu amigo António Figueiredo ― um dos benfiquistas mais sofridos (cuidado que não digo sofredores) que conheço, dada a sua convicção anti-centralista ―, o resultado do jogo do Dragão não foi de molde a “trazer alguma esperança de que algo possa mudar lá para as bandas do Seixal e da Luz” (a esperança terá de ficar, para já, limitada ao bálsamo que será os jogadores e a estrutura ― como também os cidadãos que iam sendo sujeitos à sua insuportável bazófia e presunção ― não terem de aturar Jesus). A prestação dos “encarnados” melhorou razoavelmente em relação à da passada semana, mas foi notoriamente incapaz de fazer frente a um FC Porto que atravessa uma fase bem conseguida de confiança e qualidade de jogo, sendo aqui de louvar o modo como o treinador ― tantas vezes aqui criticado ― montou a equipa para as duas partidas em questão; em especial, a falta do craque do momento (Luis Díaz), infetado por Covid-19, foi muito bem colmatada pela arriscada chamada de Pepê, uma promessa que tardava em mostrar valor correspondente ao custo do seu passe, pela aposta em dois jovens meio-campistas da formação (Vitinha e Fábio Vieira) que são definitivamente excelentes jogadores e bem merecedores de prosseguirem como titulares e pela confiança continuada num outro categorizado jovem da formação (o guarda-redes Diogo Costa). O plantel é curto, e até poderá vir a ser afetado pelas incursões predadoras do mercado de Inverno, mas lá vai dando conta do recado e trazendo alguma da esperança a que acima aludo para o nosso mais belo lado azul-e-branco.
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