segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

AS FESTAS DO NÚMERO 10

(Agustin Sciammarella, http://elpais.com) 

(Chris Riddell, http://www.guardian.co.uk) 

Tenho a perfeita noção de alguma insistência no tema Boris, mas o facto é que o homem arranjou desta vez uma “estrangeirinha” bem complicada para a continuidade da sua carreira. Quase tão complicada como aquela em que meteu os seus compatriotas com a sua inexplicável opção pelo Brexit, que só por si justifica toda a maldição que possa cair sobre a sua carreira.

 

Outro aspeto digno de registo é o nível máximo de violência com que a comunicação social britânica tem tratado o primeiro-ministro, atribuindo-lhe qualificativos tão generosos como os de “mentiroso”, “homem sem vergonha”, “pato manco” e outros. É nestas alturas que constatamos, citando o “herói” Ventura que largamente promoveram, quanto é “mariquinhas” a maioria dos nossos comentadores.

 

Voltando a BoJo, a sua cabeça parece estar a prémio, embora as desencontradas movimentações que estão a ocorrer tanto apontem para uma destituição próxima (vista a fúria instalada nas hostes Tories) e correspondente substituição por um de dois favoritos (Liz Truss, a ministra dos Negócios Estrangeiros, e Rishi Sunak, o ministro das Finanças) como para uma milagrosa salvação de última instância que tenta desesperadamente conseguir por todo e qualquer meio. Como quer que seja, a história daquele arquipélago e os apreciáveis e/ou irritantes traços de britishness das suas gentes mereciam melhor sorte!




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