quinta-feira, 3 de maio de 2012

FUTEBOL E DIREITOS HUMANOS




Está à porta o “Euro 2012”, este ano sob organização conjunta de Polónia e Ucrânia. Sendo que, neste último país, a líder da oposição está a cumprir, desde Outubro de 2011, uma pena de sete anos de prisão por alegado "abuso de poder" (no contexto da assinatura de contratos de fornecimento de gás russo em 2009) e se encontra em greve de fome, queixando-se de “repressão política e violência” por parte do regime do presidente ucraniano Víctor Yanukóvich.

Em face deste panorama, a muito criticada chanceler alemã antecipou-se desta vez aos acontecimentos e veio declarar que não se deslocaria à Ucrânia para assistir a jogos daquele campeonato se a ex-primeira-ministra Iúlia Timochenko permanecer na prisão, no que foi seguida por um seu ministro que apelou aos líderes europeus para que façam o mesmo e pela comissária europeia para a Justiça e Direitos Fundamentais que declinou um convite do presidente da UEFA para a cerimónia inaugural e o alertou para que não podemos fechar os olhos aos Direitos do Homem, mesmo por ocasião de uma grande festa desportiva”.

Será que o futebol poderá prestar-se a um louvável serviço de natureza humanitária (ver, a propósito, o cartoon “goal” de Wolfgang Horsch no “Süddeutsche Zeitung”, http://www.sueddeutsche.de)? Ou irá prevalecer o estranho ego dessa inenarrável figura que é Michel Platini (acima caricaturado por Petar Pismestrovic no austríaco “Kleine Zeitung”, http://www.kleinezeitung.at)?

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