Intriga-me que – perante a difícil situação conjuntural e
estrutural que atravessa a economia nacional, em face das dramáticas
consequências da crise que quotidianamente a austeridade oficial vai fazendo
emergir e favorecida pela visível incipiência política e desorientação estratégica
da maioria no poder – a direção do Partido Socialista se não atenha ao
essencial, ou seja, não concentre todos os seus esforços no sentido de federar
o imenso descontentamento que grassa na sociedade portuguesa e de forjar uma
alternativa credível e de esperança para os seus concidadãos.
É realmente muito estranho que, ao arrepio do que o bom senso político
aconselharia, assistamos ciclicamente a disparos para bem longe de qualquer
alvo útil ou desejável e, em consequência, a um contributo objetivo para a
dispersão das forças socialmente mobilizáveis – o que agora voltou a ocorrer
com a incompreensível novela relacionada com as nomeações para o Tribunal
Constitucional. Se pusessem ordem nisso, talvez o País ainda acabasse por
agradecer!
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