sábado, 2 de junho de 2012

ATESTANDO O RIGOR…


O António Figueiredo já aqui competentemente abordou/denunciou, em dois posts, a entrevista do nosso “ministro-sombra” ou “12º ministro” ao “Diário Económico” de ontem. Mas não resisti a voltar a lê-la e, mesmo sabendo que bastante é bastante, quero crer que ainda terá ficado qualquer coisinha por acrescentar ao assunto em apreço. Falo – e a ordem é arbitrária – de conhecimento, objetividade e informação.

Cito, apenas juntando os devidos pontos de exclamação:
·         “Mas aquilo que se fez em Portugal nos últimos anos, foi um crescimento completamente disparatado dos salários, que não podíamos pagar e agora temos a necessária correcção.”!
·         “É evidente que está [Passos a conseguir emagrecer o Estado gordo], porque a dívida pública está a baixar em relação ao PIB, coisa que não acontecia há anos.”!
·         “Assim como nós estamos a privatizar a um ritmo rápido e interessante e com bons resultados, eles [a Grécia] podiam ter feito o mesmo, mas numa escala dez vezes maior do que a nossa. Não privatizaram nada. Zero.”!
·         “Espanha tem vendido muito mal a sua situação aos mercados, tem feito erros sérios de comunicação, porque a situação é muito mais tranquila do que parece.”!

Talvez influenciado pelo excelente marketing que soube fazer sobre a sua passagem pelo INSEAD, sempre fui desconsiderando as “gaffes” e megalomanias do personagem – da sua passagem turbulenta pela governação do Banco de Portugal nos tempos do cavaquismo às suas incursões políticas tipo “toca e foge” mas insufladas de grandiosidade (quem não se lembra do “choque fiscal” ou da candidatura à liderança do PSD?). E também não tinha levado muito a sério as recentes declarações de Marc Roche (jornalista financeiro e correspondente do “Le Monde” em Londres) à TSF (http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2556572) – “I have questioned at the IMF, they told me that he was not good at his job at the IMF”. Começo a sentir-me levado a admitir que às tantas o problema não está só na existência de conflitos de interesses…

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