1.
“Eu
acho que ele disse que é preciso haver moderação nos salários, mas se disse
realmente – salvo erro ao Jornal de Negócios [N.A.: foi ao Diário Económico] –
que deviam diminuir os salários e que era uma urgência, era imperioso, era
inevitável, é evidente – honesto como é – ele é o primeiro a dar o exemplo
baixando os seus salários. Quer dizer, não tenho a mínima das dúvidas que na
posição de responsabilidade em que se encontra, se defendeu isso,
consequentemente, será o primeiro a dar o exemplo.”
2. “Perante um número dois descredibilizado, é
evidente que isto significa que é uma canga nos ombros do primeiro-ministro. (…)
Ele, agora, o que disser, as pessoas dizem: ‘isto é a última versão dele ou
daqui a oito dias é outra, daqui a quinze dias é outra?’ (…) O
primeiro-ministro já disse que não o tira. Em rigor devia ser o próprio Miguel
Relvas a tomar a iniciativa de dizer ‘olhe, saio eu’. Mas como Miguel Relvas
acha que, de certeza absoluta, vai sair mais forte e que isto são coisas
menores que resvalam na couraça da sua indiferença (…) Eu acho que não é um
estado de semimorto, quer dizer, está descredibilizado, eu acho que é pior do
que semimorto. Porque semimorto era apenas o estar muito desgastado, estar
descredibilizado é um peso nas costas do primeiro-ministro. O primeiro-ministro
quer assumi-lo, está no seu direito (…)”.
Em síntese final:
“Eu agora já não vejo o que dizer
mais.
Eu acho que ele devia sair pelo seu pé.
Não sai pelo seu pé.
O
primeiro-ministro não o tira.
Lá ficará.
Veremos as consequências…”
Foi a 3 de junho na TVI. Ficará agora sob escrutínio público a responsabilidade/iniciativa
de cada um dos visados, enquanto o tempo irá também permitir a avaliação da
respetiva capacidade de adormecimento/resistência à erosão. Aceitam-se apostas…
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