domingo, 3 de junho de 2012

KYPRIAKÍ DIMOKRATÍA

Rumores crescentes de um resgate cipriota, que seria assim o quarto de uma Zona Euro a que o país tem evitado recorrer (em 2011, optou por um empréstimo de 2,5 mil milhões de euros junto da Rússia).


Na base do possível “bailout” está o cada vez mais significativo impacto da crise grega, que aliás também já produziu o “downgrade” para lixo do “rating” do país e dos seus três maiores bancos. Por ora, a situação mais difícil parece provir do segundo maior banco (“Cyprus Popular Bank”), após o mesmo ter tido de reconhecer avultadas perdas em investimentos gregos (PSI de final de 2011). Admite-se como altamente provável a existência de um apoio governamental à sua recapitalização (1,8 mil milhões de euros) e, se tal ocorrer, ficarão irremediavelmente em causa as metas acordadas com a UE quanto às principais variáveis das finanças públicas cipriotas.


De todo o modo, a amplitude do problema traduz-se numa espécie de bomba-relógio: o endividamento privado tem vindo a aumentar enormemente (ver gráfico, extraído do “Wall Street Journal”) e a exposição do sistema financeiro do país à dívida helénica atinge 22 a 23 mil milhões de euros para um PIB que não excede 18! A situação, dizem os responsáveis nacionais, tornar-se-ia absolutamente “caótica” e ingerível na hipótese de uma saída do Euro por parte da Grécia…

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