Rumores crescentes de um resgate cipriota, que seria assim o
quarto de uma Zona Euro a que o país tem evitado recorrer (em 2011, optou por
um empréstimo de 2,5 mil milhões de euros junto da Rússia).
Na base do possível “bailout” está o cada vez mais significativo impacto
da crise grega, que aliás também já produziu o “downgrade” para lixo do
“rating” do país e dos seus três maiores bancos. Por ora, a situação mais difícil
parece provir do segundo maior banco (“Cyprus
Popular Bank”), após o mesmo ter tido de reconhecer avultadas perdas em
investimentos gregos (PSI de final de 2011). Admite-se
como altamente provável a existência de um apoio governamental à sua
recapitalização (1,8 mil milhões de euros) e, se tal ocorrer, ficarão irremediavelmente
em causa as metas acordadas com a UE quanto às principais variáveis das
finanças públicas cipriotas.
De todo o modo, a amplitude do problema traduz-se numa espécie de bomba-relógio: o endividamento privado tem vindo a aumentar enormemente (ver gráfico, extraído do “Wall Street Journal”) e a exposição do sistema financeiro do país à dívida helénica atinge 22 a 23 mil milhões de euros para um PIB que não excede 18! A situação, dizem os responsáveis nacionais, tornar-se-ia absolutamente “caótica” e ingerível na hipótese de uma saída do Euro por parte da Grécia…
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