O IP&AP transformou-se para mim numa espécie de
obsessão de escrita que resistiu inclusivamente a alguns dias de férias em
Julho, durante os quais não consegui afastar-me do computador.
Isto não significa que não seja o tempo para alguma
reflexão. Assim, pelo menos o coletivo que formalmente se propôs inicialmente
colaborar neste blogue vai ser substancialmente reduzido, já que chegámos à
conclusão que alguns dos colaboradores mais novos não conseguiram por vários
motivos (doutoramentos, atividade profissional intensa, autocensura e outros
fatores do tipo) assegurar a presença de contributos como haviam sido
inicialmente pensados. Não é nenhum drama. A blogosfera está cheia destas
correções de trajetória. A única consequência é que o estatuto editorial do
blogue tinha sido concebido, inicialmente por mim e depois enriquecida pelo
Freire de Sousa, como mais polivalente em termos disciplinares. Essa polivalência
está algo comprometida, pois apesar dos meus esforços e vocação para a fertilização
cruzada da economia com outras disciplinas, não a consigo praticar com a permanência
e diversidade que o estatuto editorial tinha expectado.
A disseminação que conseguimos em torno do blogue não é
famosa, exigiria por certo uma destreza nas redes sociais que não temos e as
nossas próprias redes também não potenciam uma disseminação por ai além. Conseguimos
algumas vezes alguma presença no espaço do Público, temos alguns leitores
atentos e frequentes, mas está ainda longe de ter o impacto que talvez
ingenuamente haviámos pensado como possível de atingir.
Por isso, há razões para continuar, esperando
sinceramente que os que deixam de ter o compromisso de participar possam o mais
cedo possível voltar a assumir esse compromisso.
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