sábado, 28 de julho de 2012

BREVE REFLEXÃO SOBRE O “INTERESSE PRIVADO, ACÇÃO PÚBLICA”

A pausa (estival) que o colega e amigo Freire de Sousa concedeu a si próprio como colaborador ativo e convicto deste blogue é natural e muito lhe agradeço as palavras bondosas com que se refere à minha própria participação, que retribuo naturalmente, como reflexo também de ter felizmente recuperado uma troca de ideias que vinha de há muitos anos e que se tinha interrompido pelas trajetórias de vida de cada um.
O IP&AP transformou-se para mim numa espécie de obsessão de escrita que resistiu inclusivamente a alguns dias de férias em Julho, durante os quais não consegui afastar-me do computador.
Isto não significa que não seja o tempo para alguma reflexão. Assim, pelo menos o coletivo que formalmente se propôs inicialmente colaborar neste blogue vai ser substancialmente reduzido, já que chegámos à conclusão que alguns dos colaboradores mais novos não conseguiram por vários motivos (doutoramentos, atividade profissional intensa, autocensura e outros fatores do tipo) assegurar a presença de contributos como haviam sido inicialmente pensados. Não é nenhum drama. A blogosfera está cheia destas correções de trajetória. A única consequência é que o estatuto editorial do blogue tinha sido concebido, inicialmente por mim e depois enriquecida pelo Freire de Sousa, como mais polivalente em termos disciplinares. Essa polivalência está algo comprometida, pois apesar dos meus esforços e vocação para a fertilização cruzada da economia com outras disciplinas, não a consigo praticar com a permanência e diversidade que o estatuto editorial tinha expectado.
A disseminação que conseguimos em torno do blogue não é famosa, exigiria por certo uma destreza nas redes sociais que não temos e as nossas próprias redes também não potenciam uma disseminação por ai além. Conseguimos algumas vezes alguma presença no espaço do Público, temos alguns leitores atentos e frequentes, mas está ainda longe de ter o impacto que talvez ingenuamente haviámos pensado como possível de atingir.
Por isso, há razões para continuar, esperando sinceramente que os que deixam de ter o compromisso de participar possam o mais cedo possível voltar a assumir esse compromisso.

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