Começo a suspeitar que Passos e Miguel Relvas têm uma agenda
escondida em relação aos trabalhadores portugueses: face a uma reconhecida
indisponibilidade orçamental para adquirir e distribuir maciçamente por todas
as repartições do País os interessantes acessórios mostrados na imagem acima, e
inspirados na canção de Zeca Afonso – “o que faz falta é animar a malta” –,
toca de puxar pela alienação de todas as formas e feitios imagináveis.
O Europeu de futebol deu uma belíssima ajuda e as abundantes
proto-aquisições de pré-época do campeão da 2ª Circular também vão anestesiando
um número considerável de nativos (seis milhões, pelo menos) mas é a proliferação
de anedotas e fotomontagens na Internet o exemplo mais recente e conseguido
daquela notável estratégia, a qual conta com patrocínios como os da SIC (imagem
abaixo) e do JN – veja-se o editorial deste domingo, assinado por Jorge Fiel,
abrindo com uma referência aos “desenvolvimentos picarescos da licenciatura de
Relvas” nos seguintes termos: “Um amigo de Miguel Relvas encontra-o
a jantar sozinho num restaurante e pergunta-lhe: ‘Então pá, estás a comer
sozinho?’. Ao que o ministro lhe responde: ‘Nãooooo, estou no meu jantar de
curso’. Esta é provavelmente a melhor anedota que recebi a propósito da
turbolicenciatura. E só tive a cautela de escrever provavelmente porque também
adoro aquela em que ele nos faz uma confidência: ‘Tive relações sexuais pela
primeira vez aos 13 anos! Bem, na verdade só me masturbei, mas deram-me a
equivalência’”.
Uma
campanha barata e cujos frutos já se vão tornando visíveis. O marketing a
servir adequadamente a política, como deve ser – estes licenciados são uns senhores!
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