sexta-feira, 27 de julho de 2012

ESPANHA = 24,6%


A publicação pelo INE espanhol dos resultados do inquérito à população ativa relativo ao segundo trimestre do presente ano de 2010 confirma a intensa pressão sobre o mercado de trabalho que o “lio” da economia espanhola está a provocar.
A taxa de desemprego atinge o valor de 24,63%, rondando assim o espantoso número de 1 em 4 ativos se encontrar desempregado.
A dimensão demográfica da sociedade espanhola amplia este descalabro e há um número que o espelha bem: 1737600 indivíduos inserem-se em famílias em que todos os seus membros estão em situação de desempregados.
A taxa de desemprego apresenta uma forte variação regional, bem demonstrada no valor mais baixo do País Basco (14,56%) e a Andaluzia (33,92%), dizendo este número muito da ampla desocupação que o sul de Espanha apresenta. A Galiza e a Catalunha apresentam taxas de desemprego, respetivamente, de 21% e 22%.
Até muito recentemente a economia espanhola foi conhecida pela sua elevada tolerância ao desemprego. Mas, com o que se antevê no projeto do PP em matéria de escolhas públicas para os cortes orçamentais impostos pelo resgate que não é resgate, mas que se apresenta como tal, quer o governo o assuma ou não, essa tolerância começará a baixar, agitando a sociedade espanhola.
As palavras de Draghi sobre a defesa da irreversibilidade do euro amainaram a pressão das taxas de juro sobre a economia espanhola. Mas é simplesmente um round mais. O Banco Central alemão já se encarregou de aquecer de novo o ambiente, clamando que os estatutos do BCE não permitem a ajuda direta aos países.
O que espanta em tudo isto é que parece que ninguém tenta compreender o que significa uma sociedade em que 1 em 4 dos seus ativos está desempregado.

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