quarta-feira, 4 de julho de 2012

O DESNORTE A SUL DE MACÁRIO


Tenho para mim que Macário Correia é um homem empenhado na gestão local e à partida não associo o seu nome a qualquer viciação do jogo democrático.
Por isso, foi com espanto que, entre as inúmeras respostas a jornalistas na sequência da decisão do Supremo Tribunal Administrativo de o sujeitar a perda de mandato por alegada violação do Plano Diretor Municipal e do Plano Regional de Ordenamento do Território, o ouvi dizer mais ou menos isto: uma coisa é a decisão técnica e outra é a decisão política, se tivesse de prevalecer a primeira, não valeria a pena haver eleitos políticos locais.
O desnorte parece ser total. No presente caso, não parece estar em causa o apaixonante mundo da relação entre conhecimento técnico (e científico, diga-se) e decisão política. O que parece estar aqui em causa é uma violação da lei, pura e simples. E numa violação da lei não há aqui separação artificial entre o técnico e o político. O alegado prevaricador invoca que outros dois tribunais lhe deram razão. Estou com curiosidade em saber o desfecho do recurso agora invocado, também para perceber em que situação efetiva está o poder vinculativo dos instrumentos de gestão territorial e de ordenamento do território.

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