terça-feira, 3 de julho de 2012

MAIS RESCALDO DA CIMEIRA


Não estou certo de que o “Der Spiegel” não tenha desempenhado algum papel nos menos intolerantes comportamentos dos responsáveis alemães durante a Cimeira da passada Sexta-Feira. Mas o susto pode ter sido algum perante o “imagining the unthinkable”e a divulgação das consequências desastrosas de um eventual colapso do euro.


Como mostram os esquemas reproduzidos, “Germany would be hard hit”, seja na medida em que o seu PIB cairia 9,2% nos dois primeiros anos e a taxa de desemprego atingiria 9,3% no segundo, seja pela elevadíssima dimensão dos “billions at risk” (especialmente em Itália e na Espanha).


Dois outros dados poderão ter também ajudado a assustar um pouco mais:
·         enquanto a expectativa de evolução por parte de moedas como uma nova lira ou uma nova peseta aponta para desvalorizações da ordem dos 20-25% a 40%, as previsões para um novo marco são de inevitável e forte revalorização, fazendo com que os bens alemães se tornassem automaticamente muito mais caros e dificilmente competitivos nos mercados externos;
·         o custo total de uma rotura na moeda única poderia ascender a mais de 500 mil milhões de euros, cerca de um quarto do PIB germânico.

Um grande bem-haja ao “Der Spiegel”!

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