Não estou certo de que o “Der Spiegel” não tenha desempenhado algum papel nos menos intolerantes comportamentos dos responsáveis alemães durante a Cimeira da passada Sexta-Feira. Mas o susto pode ter sido algum perante o “imagining the unthinkable”e a divulgação das consequências desastrosas de um eventual colapso do euro.
Como mostram os
esquemas reproduzidos, “Germany would be hard hit”, seja na medida em que o seu
PIB cairia 9,2% nos dois primeiros anos e a taxa de desemprego atingiria 9,3%
no segundo, seja pela elevadíssima dimensão dos “billions at risk”
(especialmente em Itália e na Espanha).
Dois
outros dados poderão ter também ajudado a assustar um pouco mais:
·
enquanto a expectativa de
evolução por parte de moedas como uma nova lira ou uma nova peseta aponta para
desvalorizações da ordem dos 20-25% a 40%, as previsões para um novo marco são
de inevitável e forte revalorização, fazendo com que os bens alemães se
tornassem automaticamente muito mais caros e dificilmente competitivos nos
mercados externos;
·
o custo total de uma
rotura na moeda única poderia ascender a mais de 500 mil milhões de euros,
cerca de um quarto do PIB germânico.
Um
grande bem-haja ao “Der Spiegel”!
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