domingo, 15 de julho de 2012

PAULO RALHA A PEDRO


Após o acórdão do Tribunal Constitucional (TC) sobre a inconstitucionalidade do corte dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e pensionistas, Pedro não tem cessado de se mostrar entre o tenrinho e o desorientado. À porta do Politeama, logo nessa mesma noite, veio dizer que “temos de encontrar uma medida em termos orçamentais equivalente a esta” e assumir que ela terá de incluir os trabalhadores do setor privado.

O presidente do TC, Rui Moura Ramos, ripostou dizendo que o primeiro-ministro reagiu “a quente” e que “o acórdão não se baseia na comparação entre titulares de rendimentos de origem pública ou privada (..) porque antes de mais, esses são os rendimentos do trabalho e há outros rendimentos que estão em causa também, como os rendimentos do capital".

Pedro logo se apressou a vir à liça dar o seu “chazinho” com uma assumida pompa: “Podemos entender estas declarações como alguém que está de saída e não como alguém que durante todo o tempo teve um lugar em que não confundiu o que é a presidência do Tribunal Constitucional com o espaço da discussão política”.

Paulo irritou-se. Vai daí, aproveita o palco do Congresso Regional do CDS-Madeira e, mais paternal do que professoral, exclama com veemência: “Um membro do Governo [repare-se na subtileza de não identificar explicitamente o sujeito objeto] não deve entrar em controvérsia com um membro do Tribunal Constitucional”. E, de dedo esticado, faz doutrina: “Chama-se a isto institucionalismo”…

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