Há
meses que neste espaço deixei expressa a minha convicção de que as
privatizações seriam um programa a não perder. Torna-se cada vez mais claro que
apenas me enganei por defeito.
Já
passamos pela fase da escolha dos assessores, com a “Perella Weinberg Partners”
– representada por Paulo Cartucho Pereira e sugerida por António Borges – a ser
beneficiada, apesar de não fazer parte das instituições pré-qualificadas, por
via de um expediente de subcontratação pela “Caixa BI”; as duas instituições
cobraram 15 milhões pelo serviço. Depois, foram os episódios que conduziram a
uma barata entrega a chineses misteriosos, envolvendo ainda uns dividendos a
subtrair de um lado e a somar do outro. Em seguida, vieram as nomeações ditas compensatórias,
contemplando Catroga, Braga de Macedo, Cardona, Teixeira Pinto, Arnaut e Miguel
Moreira da Silva, entre outros.
Estamos
agora em tempo de “investigação” – veja-se a excelente peça hoje publicada no
“Expresso” sobre o assunto –, com alguns termos a ressaltarem: compra de ações
com informação privilegiada, pagamentos indevidos, manipulação de preços, fuga
ao fisco, branqueamento de capitais…
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