Viviane Reding é um dos
raros elementos do Colégio de Comissários Europeus que vale a pena ouvir, pois
tem um estilo de linguagem mais direto do que o habitual, costuma ser frontal e
tem na norma europeia de proteção de dados o seu projeto de eleição.
Talvez com alguma ingenuidade, confessa hoje numa entrevista ao El País, diretamente da Lituânia, que nunca viu um lobby tão potente, como o que tem sido
exercido pelo governo e pelas grandes companhias dos EUA, no sentido de tentar
influenciar (bloqueando-a) a legislação que a Comissão Europeia tem em preparação
sobre a já referida proteção de dados.
O escândalo Snowden veio
mostrar que a fixação securitária dos americanos é frequentemente concretizada à
custa das liberdades fundamentais dos cidadãos de outros países. Para além
dessa fixação securitária obsessiva, o tema da proteção de dados tem implicações
económicas relevantes, pois o marketing trabalha hoje com sistemas de informação
poderosos, cuja alimentação permanente e regular é frequentemente feita a
partir de verdadeiras violações da proteção da privacidade.
Ora aqui está um projeto
europeu que vale a pena defender e seguir, não sendo por acaso que está
associado a uma Comissária que honra o seu estatuto.
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