O Professor Marcelo usou o sabedor aconselhamento do seu padrinho com o mesmo nome e de apelido Caetano, perante uma sua hesitação de há anos quanto à retoma de um namoro, para retratar a atual situação político-governativa no País. A imagem foi a de um jarrão da China feito em cacos que os proprietários decidem restaurar, resultando do trabalho de restauradores sensacionais um jarrão a parecer ainda melhor do que o original mas nem por isso deixando de passar a ter menos valor.
Pois é. No final destes dias de brincadeiras alucinantes, e enquanto se aguarda a formalização de aceitação da nova solução governativa por parte de Cavaco – com mais ou menos considerandos, avisos e ameaças –, o certo é que “na cabeça dos portugueses, aconteceu a crise e o jarrão está restaurado”. Ou seja, por muito rápido e inteligente que o restauro possa ter sido (“há aspetos positivos”), “o jarrão partiu-se e está restaurado – vale menos”. E por muito que se pense que existem “jarrões que, mesmo valendo menos, valem ainda muito”, fica a enorme dúvida de saber se vamos a tempo de “recuperar o valor do jarrão, que é recuperar a credibilidade”…
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