Na passada Sexta-Feira, 5 de julho, Cavaco ouviu “os economistas”. Entre eles, e à sua direita, estava o governador do Banco de Portugal. De cujo contributo tomou notas e de quem terá registado, designadamente, a seguinte passagem: “Mas não esperem por condições externas se as condições internas não tiverem sido criadas, porque a responsabilidade demonstrada sobre as condições internas é o que vai reforçar e puxar pelas condições externas. É evidente que as condições externas não podem demorar mas as condições externas não podem chegar antes que nós tenhamos criado três grandes consensos: uma coesão social, um consenso entre parceiros sociais e um consenso alargado entre agentes políticos; não é sobre as políticas em particular, mas sobre o limite, as restrições que impõem à definição das políticas.” Inspirador!
Três dias depois, Carlos Costa foi recebido em audiência pelo Presidente da República após ter feito uma intervenção pública no Almoço-Conferência da Associação de Amizade Portugal-EUA. Também ela esclarecedora do centro das suas atuais preocupações sobre a situação portuguesa – “as necessidades anuais de refinanciamento no período de 2014 a 2023 são de 14,5 mil milhões de euros [média anual e assumindo que metade da dívida é contraída a 5 anos e a outra metade a 10 anos]” e “as necessidades de financiamento no período de transição [2014-23] são superiores à media histórica das emissões de obrigações públicas portuguesas”, sendo que então “o rating era AA” – e do quadro mental de referência com que aborda o seu possível enfrentamento em condições suscetíveis de sucesso. Os slides abaixo constam da parte final daquela sua apresentação, que está integralmente disponível no site do Banco de Portugal.
Pode ser simples coincidência, mas lá que estes elementos ajudam a entender melhor a Comunicação ao País de Cavaco, lá isso ajudam…
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