Na lista dos blogues
recomendados pelo Interesse Privado, Acção
Pública apareceu nos últimos dias a referência ao PIERIA, um jornal online dirigido por Jonathan Portes, com editores
associados Frances Coppola e John Aziz cujo lema é o seguinte: “Bringing together experts from industry and
academia to discuss some of the biggest issues facing our economy today” (Juntar
especialistas do mundo empresarial e da academia para discutir algumas das mais
relevantes questões com a que nossa economia se depara).
Com grande foco na economia
britânica (Jonathan Portes, o diretor, dirige também o National Institute of Economic and Social Research (NIESR)-UK, o
que explica o âmbito do jornal), trata-se de um sítio de consulta diária e que
honra a profissão de quem não perdeu de vista a economia como um espaço de
pensamento não cristalizado e sempre interventivo.
Para honrar esta perspetiva
elogiosa e a responsabilidade de o incluir nos endereços e consultas
recomendadas do Interesse Privado, Acção Pública, o jornal tem em destaque dois
artigos que recomendo vivamente e que vão na linha de algumas ideias simplesmente
esboçadas por este vosso e modesto blogue.
“Why has the recession lasted so long?” de autoria de Tom Streithorst,
colaborador regular, é um bom contributo para se compreender aquilo que emergirá
na história económica do futuro próximo como um dos maiores enigmas da política
macroeconómica do mundo ocidental (como foi possível tanta hesitação,
imbecilidade e incompetência convergirem durante tanto tempo?).
“Global Rebalancing & the Bancor” de autoria de John Aziz
regressa a um dos meus temas favoritos, os trabalhos de Keynes para a construção
de uma moeda internacional que convivesse com as moedas nacionais. Nas férias
que estão próximas, o tema terá umas horas de leitura da minha parte, agora que
tenho na minha proximidade física os volumes dos Collected Writings de Keynes
que lidam com esta questão e que juntamente com a biografia de Skidlesky desse
período do próprio Keynes servirão de suporte aos períodos mortos impostos pelo
nevoeiro ou pelo vento de Moledo, atenuado pela proteção natural de Seixas.
São dois bons textos para a
ambição de um jornal online, despertando apetites de outras leituras e
interpretações.
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