Obama está à bica de tomar a mais importante decisão económica do seu segundo mandato: a escolha do ocupante do lugar de chairman da “Federal Reserve Board” nos próximos quatro anos, sucedendo a Ben Bernanke. Uma escolha decisiva para os States, na medida em que caberá largamente a essa liderança a definição da extensão temporal e da profundidade com que o crescimento deverá ser estimulado por forma a combater eficazmente o desemprego, e uma escolha também decisiva para o mundo.
Os rumores sobre a matéria multiplicam-se, mas diz-nos o bem informado “The New York Times” que as principais apostas se dividem entre os Rubin boys e as California girls, aqueles acantonados em torno do poderoso ex-secretário do Tesouro e estas formando um trio feminino (Christina D. Romer, Laura D’Andrea Tyson e Janet L. Yellen) com raízes na famosa Universidade de Berkeley que conseguiu penetrar no universo machista dos conselheiros presidenciais.
O “Interesse Privado, Acção Pública” não tem uma posição muito rígida, nem mesmo muito sólida, nesta questão/disputa. Mas alguns indícios disponíveis conduzem-nos a uma eventual preferência por Janet L. Yellen, atualmente vice-governadora. E não se trata apenas de uma sempre justificável opção de género nem do facto de ela ser casada com o neokeynesiano George A. Akerlof que foi Nobel em 2001 com Stiglitz. Trata-se sim, sobretudo, de uma opção pela continuidade em termos de estilo (discreto e colaborativo versus ostentatório e personalizado) e em termos de adequação da ação à conjuntura que vivemos (crença na capacidade interventiva e regulatória do FED versus algum maior ceticismo).
Diga-se que nada tenho pessoalmente contra Lawrence H. Summers, que aliás admiro pela sua carreira e por muita da sua obra económica. Mas, talvez injustamente (?), não consigo desligá-lo do Inside Job e dos tempos selvaticamente desregulacionistas que antecederam e geraram a grave crise de 2008. E que fizeram da subsequente gestão de Bernanke um exemplo que ficará na história económica pela visão, pela eficácia e pelo profissionalismo…
Os rumores sobre a matéria multiplicam-se, mas diz-nos o bem informado “The New York Times” que as principais apostas se dividem entre os Rubin boys e as California girls, aqueles acantonados em torno do poderoso ex-secretário do Tesouro e estas formando um trio feminino (Christina D. Romer, Laura D’Andrea Tyson e Janet L. Yellen) com raízes na famosa Universidade de Berkeley que conseguiu penetrar no universo machista dos conselheiros presidenciais.
O “Interesse Privado, Acção Pública” não tem uma posição muito rígida, nem mesmo muito sólida, nesta questão/disputa. Mas alguns indícios disponíveis conduzem-nos a uma eventual preferência por Janet L. Yellen, atualmente vice-governadora. E não se trata apenas de uma sempre justificável opção de género nem do facto de ela ser casada com o neokeynesiano George A. Akerlof que foi Nobel em 2001 com Stiglitz. Trata-se sim, sobretudo, de uma opção pela continuidade em termos de estilo (discreto e colaborativo versus ostentatório e personalizado) e em termos de adequação da ação à conjuntura que vivemos (crença na capacidade interventiva e regulatória do FED versus algum maior ceticismo).
Diga-se que nada tenho pessoalmente contra Lawrence H. Summers, que aliás admiro pela sua carreira e por muita da sua obra económica. Mas, talvez injustamente (?), não consigo desligá-lo do Inside Job e dos tempos selvaticamente desregulacionistas que antecederam e geraram a grave crise de 2008. E que fizeram da subsequente gestão de Bernanke um exemplo que ficará na história económica pela visão, pela eficácia e pelo profissionalismo…
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