domingo, 14 de julho de 2013

MEL BOCHNER EM SERRALVES


Ainda não é o programa de Suzanne Cotter em integral desenvolvimento no Museu de Serralves, mas o seu dedo já se faz sentir nesta fase de transição entre os compromissos previamente assumidos por João Fernandes (agora já fisicamente afastado) e os prolongamentos de uma nova diretora artística já em plenitude de funções.

O importante, para os melhores efeitos, é que a cidade do Porto terá mais de três meses de acesso a uma mostra (“Se a Cor Muda”, uma organização da Whitechapel Gallery de Londres) quase biográfica de um dos grandes nomes da arte concetual, Mel Bochner. Inaugurou na Sexta-Feira e tive o privilégio de a percorrer sob a fina e subtil orientação de Suzanne, percebendo mais de perto o modo como aquele movimento questionou a dominância da pintura e o papel da linguagem nesse contexto (“Blah, Blah, Blah”, portanto).

Em paralelo, decorre também uma interessante exposição de Alexandre Estrela (“Meio Concreto”) – muito assente em dispositivos de som e de imagem e poderosa pelo caráter enigmático dos efeitos visuais que invadem o visitante – e uma apresentação variada, e a merecer uma saudação especial, de algumas obras inéditas da coleção do Museu – não posso prescindir de duas menções especiais, uma ao original trabalho da artista brasileira Lúcia Nogueira e outra de saudade do grande Ângelo de Sousa.

Serralves 2014 promete…

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