(Tony Auth, http://www.nytimes.com)
São verdadeiramente trágicos os acontecimentos em curso no Egito, aos quais vamos longinquamente acedendo através de imagens televisivas e da multiplicidade informativa disseminada pela imprensa e pelas redes sociais. Tudo em nome da democracia, um conceito quase infinitamente elástico ao arrastar consigo diferentes entendimentos, diferentes comportamentos, diferentes limites e permissividades.
O desfecho deste processo – uma revolução democrática, um golpe democrático, uma interrupção democrática ou uma tutela democrática? – é ainda largamente imprevisível. Na realidade, ninguém arrisca prever como poderá evoluir a relação de forças entre as forças liberais e secularistas, a Irmandade Muçulmana e os militares, com arbitragens pontuais por parte dos jovens da Praça Tahrir e de outras minorias; a única certeza que os analistas apontam com segurança é a da presença de um perigoso barril de pólvora no maior país árabe de uma região de enorme importância geopolítica.
A comunidade internacional, essa, é incorrigível. Chegará alguma vez o dia em que seremos capaz de estabilizar e estruturar uma lógica de convivência entre as sociedades humanas sem hierarquias historicamente infundadas – refiro-me à alegada superioridade ocidental, designadamente – e sem outro absoluto que não seja o efetivo primado dos valores fundadores da liberdade, da igualdade e da fraternidade?
O desfecho deste processo – uma revolução democrática, um golpe democrático, uma interrupção democrática ou uma tutela democrática? – é ainda largamente imprevisível. Na realidade, ninguém arrisca prever como poderá evoluir a relação de forças entre as forças liberais e secularistas, a Irmandade Muçulmana e os militares, com arbitragens pontuais por parte dos jovens da Praça Tahrir e de outras minorias; a única certeza que os analistas apontam com segurança é a da presença de um perigoso barril de pólvora no maior país árabe de uma região de enorme importância geopolítica.
A comunidade internacional, essa, é incorrigível. Chegará alguma vez o dia em que seremos capaz de estabilizar e estruturar uma lógica de convivência entre as sociedades humanas sem hierarquias historicamente infundadas – refiro-me à alegada superioridade ocidental, designadamente – e sem outro absoluto que não seja o efetivo primado dos valores fundadores da liberdade, da igualdade e da fraternidade?
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