O homem domina a língua como poucos! Ontem, na Assembleia da República, começou por comover os verdadeiros PPD’s ao apelar ao “conselho de Francisco Sá Carneiro” e à sua “grelha de avaliação para superar questões dilemáticas: primeiro Portugal, depois o Partido, por fim a circunstância pessoal de cada um de nós”. Em seguida, chamou a seu favor a memória dos verdadeiros CDS’s ao recorrer ao “institucionalismo de Adriano Moreira” para afirmar o primado do interesse das instituições sobre a consciência dos homens. E culminou o seu magistral exercício de demagogia com uma vitimização patriótica capaz de fazer chorar as pedras da rua: “Prefiro pagar um preço de reputação nas vossas intervenções do que não fazer o que posso e o que devo por um futuro melhor”.
Porque não se terá lembrado Portas de tudo isto antes de decidir produzir aquele rombo na coligação, a ponto de ser desautorizado pelos seus colegas de partido e de ter de pedir socorro a Pires de Lima para acabar encostando Passos às cordas? Questões que só podem ter uma resposta: acreditando mesmo que “irrevogável é o que um homem quiser” (Ricardo Araújo Pereira), Portas crê ainda mais na irrevogabilidade da sua reputação…
Mas no discurso de autojustificação, Portas elaborou ainda em torno de pressupostos falaciosos, com especial destaque para a ideia que quis fazer passar de Portugal estar a menos de um ano de um “fim do protetorado”, de uma “reconquista da independência”, de uma retoma de um “controlo essencial das suas decisões”. Com um segundo resgate à vista, Dr. Portas?
Por um momento, no entanto, Portas esteve perto da verdade. Foi quando sublinhou uma insignificância: “perdermo-nos todos numa disputa sobre quem gere a dependência”…
Porque não se terá lembrado Portas de tudo isto antes de decidir produzir aquele rombo na coligação, a ponto de ser desautorizado pelos seus colegas de partido e de ter de pedir socorro a Pires de Lima para acabar encostando Passos às cordas? Questões que só podem ter uma resposta: acreditando mesmo que “irrevogável é o que um homem quiser” (Ricardo Araújo Pereira), Portas crê ainda mais na irrevogabilidade da sua reputação…
Mas no discurso de autojustificação, Portas elaborou ainda em torno de pressupostos falaciosos, com especial destaque para a ideia que quis fazer passar de Portugal estar a menos de um ano de um “fim do protetorado”, de uma “reconquista da independência”, de uma retoma de um “controlo essencial das suas decisões”. Com um segundo resgate à vista, Dr. Portas?
Por um momento, no entanto, Portas esteve perto da verdade. Foi quando sublinhou uma insignificância: “perdermo-nos todos numa disputa sobre quem gere a dependência”…
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