Nesta Europa dos dias de hoje, de cada vez que o problema bate à porta de cada um dos seus Estados membros, esse procura mostrar aos outros os dentes que mais possam assustá-los. Mas nem afrontando assim a covardia da maioria os resultados são de monta.
Assim bem o demonstra a dura intervenção em torno da solidariedade ou falta dela por parte de Matteo Renzi (à esquerda) que, não obstante bramar em nome de um dos grandes e de um país fundador do “clube”, teve de se contentar (veja-se o seu ar desconsolado na foto mais à direita) com a inaplicabilidade de qualquer sistema de quotas obrigatórias e com a mera obtenção de um acordo minimalista e assente em boas e livres vontades para uma repartição em dois anos de 40 mil migrantes sírios e eritreus chegados este ano às costas italiana e grega e de mais 20 mil requerentes de asilo provenientes de fora da União.
Até Juncker, talvez por ter confessadamente atingido algum limite de exaustão física (veremos se Segunda-Feira corrige o que disse e volta à negociata no âmbito daquela magnífica, embora impercetível, “grande coligação” que o suporta...), veio declarar que l'Europe n'est pas à la hauteur des ambitions qu'elle déclame. Pena que ninguém se tenha lembrado de explorar a brilhante ideia de Altan que abaixo reproduzo e faz a capa do “La Repubblica” de hoje?
Miseráveis cangalheiros!
(Francesco Tullio Altan, http://www.repubblica.it)
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