É seguramente a não perder o livro com que Miguel Relvas ensaia o seu regresso por uma suposta porta grande à política nacional, nele se apresentando como um autêntico salvador dos municípios portugueses perante as atrocidades que a Troika e alguns colegas de Governo lhes preparavam. Incomensurável lata, esta de Relvas se querer mostrar um profundo reformador da administração local! Então ele que já fora obreiro de uma anedótica e arrasadora legislação no contexto do governo Barroso e que – azar dos Távoras! – agora volta às parangonas como o mais insigne dos lusófonos equivalentes a licenciados...
Relvas, que procura mostrar-se sempre bem acompanhado, vai agora reaparecer pela mão de Durão (ainda que seja previsível que não deixe de contar com a amigalhaça presença de Passos), tem Aznar a prefaciá-lo (amigo da vida dos negócios facilitados, parece, área onde há quem diga que também poderá ter tentado convencer Dirceu a escrever um posfácio) e encontrou um coautor (o choroso ex-secretário de Estado que foi condenado a uma pena suspensa de prisão de dois anos e dois meses por prevaricação) cujo tão apropriado currículo até o terá dispensado de qualquer recurso aos versáteis serviços dessa inexcedível e imperial figura que é Marco António Costa. Um sucesso editorial pela certa, parabéns antecipados à Porto Editora!
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