Os deputados do Bundestag viram hoje as suas férias interrompidas (bem feita!) por causa do terceiro resgate à Grécia. E o “Handelsblatt” do fim de semana já parecia anunciar borrasca da grossa por parte de um número crescente de “rebeldes” no interior do bloco governista (e, sobretudo, conservador), em discordância com a forma como Merkel decidiu posicionar-se quanto ao assunto e, mais estruturalmente, com a “brandura” da sua política europeia e até com a continuidade da sua liderança da CDU (no trust in mother, escrevia o “The Economist”).
Mas o resultado da votação evidencia que ainda não chegou a vez de os falcões porem definitivamente as garras de fora: 454 votos a favor, 113 contra e 18 abstenções. Ainda assim, a oposição interna expressou-se negativamente em 63 casos (contra 4 no primeiro resgate e 60 no segundo) e foram 46 os deputados de centro-direita que não responderam sequer à chamada, tudo isto indiciando que o confronto só espera por uma oportunidade mais azada para ocorrer. O ano político promete ser longo e duro...
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