O mês 8, que hoje termina, costumava ser o do gozo de sol e praia complementado por umas escapadelas desportivas em torno do ciclismo nacional e também por terras francesas, italianas e espanholas, do atletismo ou das Olimpíadas.
Não sei muito bem explicar porquê, mas o certo é que, com a notória exceção de Marçal Grilo, o ciclismo perdeu entretanto grande parte daquele interesse generalizado que levava os rapazes a organizarem corridas de sameiras (ou caricas, a sul) em belas pistas de areia recheadas de boas retas e altas montanhas. Por sua vez, o sol e praia cada vez mais tem dias, pelo menos a norte e com particular saliência para este péssimo agosto de 2015. Como os Jogos do Rio ainda têm de esperar pelo próximo ano, valeram-nos os mundiais de atletismo que até ontem se foram realizando em Beijing e contaram com provas fantásticas, emocionantes e até sobre-humanas.
Quero, por isso, deixar aqui um tributo à excelência desportiva e desportista que com agrado fui televisionando (com a boa ajuda de um eficaz comentador, salvo erro Luís Lopes) e quero, muito em especial, destacar essa figura ímpar da velocidade mundial de todos os tempos que é o fenómeno jamaicano Usain Bolt (não entrando em discussões despropositadas sobre se se trata do melhor de sempre, sobretudo quando confrontado com o lendário Jesse Owens ou com o polivalente Carl Lewis).
Por fim, três constatações/interrogações. Primeira: o que será que faz a grandeza da chamada “escola da Jamaica” em provas de velocidade pura, quer na vertente masculina quer na feminina (onde tem pontuado Shelly-Ann Fraser-Price)? Segunda: a que se deverá a crescente dominação de quenianos e etíopes em modalidades de fundo e meio-fundo? Terceira: o que justificará o visível declínio da Federação Russa, cujo hino já chegamos a saber trautear quase de cor? Respostas de difícil concatenação já que seguramente apelam ao concurso de múltiplas e improváveis disciplinas...
(Las May, http://jamaica-gleaner.com)
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