(António, http://expresso.sapo.pt)
Pouco tempo para ler mais do que as muito gordas no acompanhamento da atualidade noticiosa e menos ainda para me deter sobre a imparável miríade de reflexões e análises que ajudam a consolidar interpretações e pontos de vista. Ainda assim, e a ver de longe, uma perceção incontornável de estarmos a viver um momento que merece ser assinalado, mesmo que pelas más razões: o momento em que os setores mais radicais da direita alemã, politicamente encabeçados por Schäuble, se decidem a explicitar ao que vêm no finalzinho das contas que decidiram ajustar, a saber: uma reforma institucional europeia que restrinja as competências da Comissão e assim ponha fim ao inovador “método comunitário” que esteve na base da viabilização de muitos avanços europeus no quadro de uma significativa salvaguarda dos equilíbrios inter-nacionais. Um assunto que ainda vai dar muita luta, provocar muita rotura e fazer correr muita tinta mas que a partir de agora passará em definitivo a dividir águas entre a Europa que nos trouxe até aqui e a que poderá estar para vir...
Sem comentários:
Enviar um comentário