(João Montanaro, http://www.folha.uol.com.br)
Ontem por dezenas de cidades de todo o Brasil, mais uma etapa da maior odisseia do país nas últimas décadas. Uma sociedade em crescendo de indignação contra uma classe política que cada vez mais parece ter-se servido com total desaforo e sem conta, peso e medida (“à fartazana” mesmo) do acesso ao poder ou da proximidade aos seus corredores. Com, e para não ir mais longe, as nefastas consequências macroeconómicas que os quadros abaixo ajudam a elucidar, sem prejuízo de outros impactos tão dificilmente avaliáveis quanto os de uma presidenta que, ou muito me engano, ou não vai durar muito. E eu, que já aqui admiti que vi o que viu quem estava na Paulista em 2001, continuo a pasmar com um envolvimento de Lula que, a confirmar-se, só vem reforçar as ideias de quanto a carne é fraca e de que certas tentações até os mais pintados tentam, i.e., demonstrar quanto o imediatismo do enriquecimento material pode em relação a hipotéticas glórias históricas. Absolutamente lamentável que tudo isto possa ter ocorrido em nome de um partido que se reclamava um agente dos trabalhadores – quanto recuo produzido no imaginário de tantos seres!
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