Francisco Louçã fez as contas para 2014 e apresentou-as (gráfico acima) no seu “Tabu” de ontem, na “SIC Notícias”. A oportunidade da questão é tanto maior quanto já foi anunciada uma descida de preços dos combustíveis para o dia em que se inicia a campanha eleitoral, uma descida politicamente útil (até porque a memória dos eleitores é consabidamente curta) mas cujo alcance será necessariamente diminuto quando tidos em conta os desvios acumulados e, assim, apenas irá afetar residualmente as belas margens que têm vindo a ser obtidas pelas empresas do setor. As autoridades reguladoras da concorrência e da energia persistem em considerar que não existe cartelização naquele meio, mas a verdade é que qualquer vulgar mortal percebe que alguma coisa existirá de perverso (ou espiritual/espírita?) neste arremedo de capitalismo à portuguesa em que os interesses ditam o primeiro dos mandamentos (formulável como “amar os interesses sobre todas as coisas”) e através dele acabam por impor a bel-prazer a sua força relativa interna...
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