quarta-feira, 10 de setembro de 2014

EMERGÊNCIAS


Cinquenta anos de uma publicação notável e marcante, a “McKinsey Quaterly”. Celebrados com um número de aniversário dedicado a um conjunto de reflexões teóricas e práticas significativas sobre os maiores desafios com que a Gestão se poderá vir a defrontar no futuro – “Management intuition for the next 50 years”. A ler com a devida atenção.

De entre o verdadeiro manancial de informação disponibilizada, destaco a título de mero aperitivo a que se reporta ao dinamismo dos mercados emergentes – que em 2009 registaram, pela primeira vez em duzentos anos, um contributo maioritário para o crescimento económico global – e é lapidarmente ilustrada pelo mapa acima reproduzido.

De que se trata? Da evidência de que – em paralelo com um ganho gradual do peso dos mercados emergentes na economia global (dois mil milhões de novos consumidores e um número crescente de empresas em expansão global a partir de posições solidamente adquiridas em base doméstica) – um shift indesmentível resultará necessariamente em termos de localização das atividades económicas (estima-se, p.e., que cerca de metade do crescimento económico global da próxima década provirá de 440 cidades de economias emergentes, 95% das quais pequenas e médias cidades hoje ainda largamente pouco conhecidas). E, assumindo o dinamismo da China como particularmente relevante – dentro de dez anos, e num quadro em que 45% das empresas listadas na “Fortune’s Global 500” serão entidades originárias de economias emergentes (contra 5% no início do século), haverá mais empresas chinesas nesses principais players internacionais do que empresas americanas ou europeias –, o mapa dá conta desse facto através da indicação explícita do impressionante número de cidades chinesas que constarão do ranking das 200 maiores mundiais em termos da respetiva projeção produtiva para 2025. Até onde poderá ir esta dinâmica?

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