Amanhã bem cedo, rumo a Évora para uma ação de
formação de quatro horas dirigida a eleitos locais do Alentejo Central,
destinada a sensibilizar autarcas para os novos rumos das políticas de
desenvolvimento territorial, a convite da Comunidade Intermunicipal do Alentejo
Central - CIMAC.
Santos da casa não fazem milagres e uma vez mais
esta máxima popular se aplica como uma luva a um andarilho do planeamento que
se tem afastado cada vez mais da Região em que começou a praticar e é cada vez
mais chamado a intervir a sul do Tejo.
Pena é que, sendo segunda-feira, em Évora o D. Joaquim
está fechado e a formação às catorze impedirá o prazer de saborear uma refeição
lenta no Quarto para as Nove, no Botequim da Mouraria ou na Tasquinha do Oliveira, autênticas preciosidades de requinte gastronómico, como só o Alentejo
pode oferecer. Por isso, amanhã não dará para usufruir do slogan que para mim
define o Alentejo e que com ele cada vez mais me identifico: In Alentejo time is everything e À L’ Alentejo, le
temps est trouvé.
(Botequim da Mouraria)
(Tasquinha do Oliveira)
(Dom Joaquim)
Para memória futura fica o meu contributo para a
sensibilização dos eleitos locais alentejanos.
CIMAC
AÇÃO DE FORMAÇÃO /SENSIBILIZAÇÃO DE ELEITOS LOCAIS
22 DE SETEMBRO DE 2014: 14.30 – 18.30
TEMA: Modelos e políticas de desenvolvimento territorial
(regional, supramunicipal e local) no período 2014-2020
FORMADOR /ANIMADOR: António Manuel Figueiredo
- MODELO DE FUNCIONAMENTO
Apresentação de três temas a cada
um dos quais corresponderá um tema de discussão.
Preocupação de organizar a sessão
sobretudo em função da experiência e dos projetos dos eleitos locais.
- ESTRUTURA DA SESSÃO
- O contexto estratégico regional em que a intervenção local /municipal pode ser concebida – duração 35-40 minutos
- Rejuvenescimento da capacidade e do tecido empresariais; densificação do tecido
- Traço comum e transversal: inovação e conhecimento
- Intensificação do conhecimento e inovação em atividades já localmente implantadas – novos modelos de negócio – internacionalização; entrepreneurship e intrapreneurship
- Diversificação complementar: novas atividades e serviços intensivos em conhecimento
- Mais valia ambiental e territorial, excelência rural e urbana, base patrimonial e cultural: como se transformam ativos desta natureza em atratividade de novo investimento empresarial
- Minimizar e aprender a viver com o declínio demográfico: políticas de atração de residentes; novos modelos de gestão de serviços coletivos de proximidade para a baixa densidade
- Aspetos organizacionais: a clusterização do turismo como alternativa única de atribuição de valor económico a ativos patrimoniais e culturais
- Recursos humanos e competências: choque de qualificações com forte impulso da oferta? Ou navegação à vista com aposta na capacidade de formação à medida das oportunidades de investimento?
Tema 1 de discussão: 30 a 35 minutos
Como se projetam os eleitos locais
nestas oportunidades estratégicas de âmbito regional? Como percecionam o seu
contributo potencial? Como projetam a relação intervenção municipal
–supramunicipal (CIMAC)?
- O contexto da intervenção municipal: constrangimentos da capacidade de intervenção dos municípios; o efeito –tenaz sobre os municípios agravado pela crise 2007-2008 e pelo resgate pós 20111; modelo de financiamento da atividade municipal; os desafios organizacionais do marketing territorial – duração 35-40 minutos
- Novas escolhas públicas municipais
- Constrangimentos financeiros e de recursos humanos
- Em que é que consiste o efeito tenaz?
- Um município mais catalizador e menos executor? Catalizador de quê?
- A equação local-supramunicipal: que margem de manobra existe para o desenvolvimento da equação?
- Questões de organização interna: modelos matriciais versus funcionais: a unidade de projeto: como operacioná-la organizacionalmente?
- As implicações organizacionais do marketing territorial: front office e back office; a importância do capital afetivo; os riscos da dispersão de recursos; recursos comunicacionais; como se influencia uma perceção global de região?
Intervalo de 20 minutos.
Tema 2 de discussão: 30 a 35 minutos
Como percecionam os eleitos locais
os desafios para o Poder Local na próxima década? Que caminhos de mudança (ou
de declínio) antecipam? Há espaço para a reinvenção do poder local?
- Oportunidades e o que fazer no próximo período de programação?
- Duração – 35 -40 minutos
- PO Alentejo 2014-2020 e Plano de Ação CIMAC: que implicações e oportunidades?
- “Há mais vida (financiamento)” para além do PO Alentejo 2014-2020 e Portugal 2020?
- Engenharia de projeto para o próximo período de programação: que necessidades?
- Município parceiro versus município empreendedor?
Tema 3 de discussão - Duração : O tempo restante
Projetos e ações; que diferenças
teremos nos municípios do AC daqui sensivelmente a 10 anos? Que diferenças
expectáveis poderemos encontrar nesse horizonte para o Alentejo que possam ser
devidas ao que está desenhado na programação municipal e supramunicipal.
Síntese final.
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