(António Jorge Gonçalves, Toon, http://inimigo.publico.pt)
Noite de consagração de António Costa como o claramente mais desejado candidato a primeiro-ministro pelo Partido Socialista. Deixando análises mais circunstanciadas para próximas núpcias, e sem prejuízo do que já por aqui fui deixando dito ao longo destes meses, quero desde já saudar a sua expressiva vitória e o potencial de expectativa positiva de que ela é bem reveladora.
Candidatando-se em condições pouco favoráveis, que inclusivamente o terão levado a optar por alguma contenção em termos de discurso dirigido ao País (que não necessariamente de proposta), Costa ganhou justamente o direito a ser o principal agente portador do que de diferente/novo Portugal poderá conhecer nos difíceis anos que estão à nossa frente.
Assim concretizada a chegada de um “desejado” que pouca vocação tem para ser um D. Sebastião, o pior está seguramente por enfrentar. O meu voto sincero é o de que Costa possa fazer a verdadeira quadratura do círculo, conseguindo corporizar um projeto coletivo que sintetize em si a memória dos nossos melhores regentes depois do interregno filipista: restaurador, reformador, libertador e esperançoso. Passando assim à história como um líder “de boa memória”...
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