(Brian Adcock, http://www.independent.co.uk)
À medida que se aproxima a data marcada para o referendo sobre a independência da Escócia, e enquanto os responsáveis políticos permanecem largamente anestesiados, os habitualmente circunspectos habitantes das Ilhas Britânicas começam a dar-se conta de que o pior pode mesmo acontecer e assistem com preocupação a uma queda da libra que vai surgindo como o grande revelador da tensão de algumas forças vivas em torno do resultado, com os indecisos a diminuírem gradualmente em favor do “sim” e o “não” a evidenciar uma tendência ligeiramente decrescente. A expressão mais cabal de uma aflição que se vai generalizando está nos principais media, que sem exceção se mostram à beira de um ataque de nervos e já clamam frontalmente por uma conjugação positiva de vontades nestes ten days to save the United Kingdom.
Quanto aos escoceses, a coisa fia muito mais fino porque a força dos apelos da história, da nacionalidade e da autodeterminação não parece bastante para despistar os enormes riscos em que incorrem quando se impuser, como sempre acaba por acontecer, a velha determinação económica em última instância...
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