Participando num espaço como este que nunca regateia a contraposição da ação pública aos interesses privados, entendo que não foi dado o suficiente destaque à revelação acima reproduzida da primeira página do último “Expresso”. Depois de tudo quanto se disse sobre o papel ativo desempenhado por Pedro Queiroz Pereira (PQP) no desenlace do caso GES/BES, não deixa de ser inesperado ter-se sabido que PQP recuou, em pouco mais de um mês, nas graves denúncias que fizera ao governador do Banco de Portugal – as cartas comprovativas (que grande jornalismo de investigação sobre este assunto tem sido feito naquele semanário!) aí ficam para registo e memória. Porque, mesmo que lhe possam assistir as boas razões de quase duas centenas de milhões (para melhor compreensão, consulte-se a infografia incluída no meu ingénuo post de 11 de novembro de 2013), há limites para a indecência!
Entretanto, a Comissão Parlamentar arrancou ontem com Carlos Costa. Confirmando desde logo que ele esteve quase sempre do lado certo das práticas e das decisões, que a política ou é preguiçosa e mal frequentada ou tem códigos hipertrofiados e que o PS faz mal em centrar a sua luta política neste tema. Voltarei ao assunto.
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