O último Presidente da República Portuguesa disse-se um dia destes “muito apreensivo”, uma conhecida procuradora criticou a intolerável presença de violações do segredo de justiça e um reputado constitucionalista afirmou estarmos perante um grave atropelo do Estado de direito. Mas assim não vê a cavacal figura que, num dia desafortunado e desinspirado, os portugueses escolheram para sua principal representação institucional: boa imagem e normalidade é tudo o que ele consegue alcançar quando olha para “isto” - o “isto” que na campanha eleitoral o próprio afirmava dele tanto precisado - a partir dos palcos de especialíssima observação que lhe vão proporcionando as suas incessantes visitas ao Médio Oriente, à América Latina ou ao Sudeste Asiático – ainda haverá alguém que um dia possa fazer um apanhado concreto dos resultados efetivos que decorreram para o País dessas românticas mas lamentáveis passeatas de Maria e Aníbal?
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